Como algo tão raro como um gol anotado por um arqueiro pode ser esquecido? A resposta é mais simples do que parece: um erro do árbitro na súmula da partida.
No dia 20 de maio de 2012, o União Mogi enfrentou o ECUS, em Suzano, pela 3ª rodada da fase de grupos da Segunda Divisão do Campeonato Paulista (4° nível estadual). Os visitantes venceram por 2 a 0, com gols de Wesley e do goleiro Bruno Fabiano (através de um chutão).
Porém, na súmula da partida, o árbitro Welton Orlando Wohnrath creditou o segundo gol do União Mogi para o atacante Caio Diego, conhecido como Batata.
O equívoco foi resultado da ação do atacante no lance que culminou no gol que deu números finais ao placar. O goleiro Bruno deu um chutão para o ataque, Batata disputou a bola com os defensores adversários, mas, falhou ao tentar dominá-la. A redonda enganou o arqueiro do ECUS, Rafael Pascoal (que, curiosamente, no anterior, marcou um gol de pênalti, no mesmo estádio, pelo Guarulhos, contra o USAC), e entrou na meta.
Na saída de campo, o camisa 20 do União Mogi declarou:
"Na primeira bola que o goleiro quebrou, eu protegi o primeiro zagueiro [sic], dei um totozinho de cabeça [...], dei uma adiantada nela, aí só foi esperar a bola a entrar. O goleiro tentou pegar, mas não conseguiu".
Em entrevista à TV Diário (afiliada da Rede Globo em Mogi das Cruzes), na época, o atacante contou que, após o gol, o árbitro disse: "Batata, o gol foi seu. Eu falei 'beleza'".
Após conhecer a história e encontrar a reportagem da época, o autor desse texto entrou em contato com a Federação Paulista de Futebol informando o erro. A mensagem foi encaminhada à Comissão de Arbitragem e ao Departamento de Competições da FPF, por meio da ouvidoria.
A resposta obtida foi que, por se tratar de uma partida "antiga" e "homologada para todos os efeitos", não é possível retificar o documento oficial do jogo.
No entanto, por ser comprovadamente um equívoco, sigo considerando Bruno Fabiano como um goleiro artilheiro, já que é possível afirmar que o goleiro foi o verdadeiro autor do gol.
Por Vitor Souza
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