Haílton Corrêa de Arruda, mais conhecido como Manga, nasceu em Recife, no dia 26 de abril de 1937.
Goleiro de grande prestígio, fez história com várias camisas pesadas do futebol sul-americano, como Sport, Botafogo, Coritiba, Nacional do Uruguai e Internacional, Grêmio e Barcelona de Guayaquil. Com a camisa da Seleção Brasileira, o ex-jogador disputou a Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra.
Reconhecidamente um dos grandes goleiros da história do nosso futebol, ganhou muitos títulos ao longo da carreira, protagonizou feitos históricos e se consolidou como ídolo de vários clubes.
Dentre seus feitos mais importantes estão os três gols marcados ao longo da carreira profissional, e por três clubes diferentes (feito igualado décadas depois por apenas quatro goleiros - Márcio, Bruno, Severino Ferreira e Hiran).
O primeiro gol aconteceu na Ilha do Retiro, pelo Sport. Em partida válida pelo Campeonato Pernambucano de 1959, contra o Ferroviário, o arqueiro marcou, em cobrança de pênalti, um dos gols da vitória de seu time por 4 a 3. O jogo marcou a despedida de Manga do clube.
Anos depois, no dia 30 de maio de 1973, Haílton protagonizou um acontecimento épico, que é até hoje lembrado pelos hinchas do Nacional do Uruguai. O clube enfrentou o Racing, também da capital, em jogo válido pela Copa Cidade de Montevidéu, e goleou por 7 a 0. Destaque para Manga, que, aos 85 minutos de jogo, acertou um chute monumental, desde a sua área de defesa, que culminou no gol que fechou o placar. A bola passou pelo goleiro adversário e foi acompanhada por Calcaterra, do Nacional, até que entrasse na baliza.
O último gol da carreira de Manga aconteceu em 1974, vestindo a camisa do Internacional. No dia 6 de outubro de 1974, pelo Gauchão, o Colorado venceu o Gaúcho, de Passo Fundo, no Beira-Rio, por 4 a 0. Nessa partida, após pedidos por parte dos torcedores e com a autorização do treinador Rubens Minelli, o arqueiro cobrou um pênalti e marcou, fechando o placar para o Inter.
Enquanto Manga se dirigia ao campo de ataque, o goleiro adversário, Carlos Alberto recorreu ao árbitro para tentar impedir que o artilheiro efetuasse a cobrança. A autoridade, porém, informou-o que não havia nada irregular. Mas, não parou por aí, ainda houve uma tentativa de desencorajar o arqueiro colorado. Nada feito. A resposta de manga ao oponente foi: "seja homem, rapaz!".
Após a confusão, o pênalti foi mal cobrado, mas Carlos Alberto, ainda inconformado, pouco fez para impedir o último gol da carreira de Manga. Pouco depois, em um amistoso contra a equipe do Guarany de Garibaldi, Haílton cobrou um pênalti, mas chutou para fora e nunca mais aventurou-se no ataque.
Por Vitor Souza
Colaboração: Raul Pons
Comentários
Postar um comentário